Robson Batt

"Cada indivíduo sem dúvida tem no universo do escrito uma obra que o transformará em leitor, se o destino favorecer tal encontro. O que Platão disse da metade amorosa, esse outro que circula em alguma parte e nos convém encontrar, sob pena de permanecermos incompletos até o fim da vida, é ainda mais verdadeiro no caso dos livros."    Amélie Nothomb, em "Dicionário de Nomes Próprios"

      Para mim, este é o filme mais aguardado dos últimos tempos! Completando a trilogia: Antes do Amanhecer e Antes do Por-do-Sol, com o mesmo diretor (Richard Linklater) e o mesmo elenco central (Ethan Hawke e Julie Delpy).            Como eu já havia comentado AQUI, o longa-metragem se passa 9 anos após o último, com Jesse e Celine a passeio na Grécia com suas filhas gêmeas. A crítica internacional rasgou elogios ao filme, que foi lançado oficialmente no Festival de Toronto.       Enquanto não há a menor previsão de lançamento nos cinemas brasileiros, vamos apreciar o trailer (sem legendas).       

   Voltando à atividade. Fiquei inspirado por uma postagem no Face da minha irmã Mica.    A canção "I Want You" de Elvis Costello foi lançada em 86 no disco "Blood & Chocolate". Ela é bela, melancólica e dolorida.    O vídeo abaixo é uma montagem do filme homônimo de 98, que tem a música na trilha sonora e é evidente inspirado nela. Altamente indicado!    Esta é uma versão ao vivo com Costello na guitarra e Fiona Apple cantando. Maravilhosa!

   Fiquei sem postar nada por quase dois meses. Antes disso, já tinha diminuído de postagens diárias para postagens mensais. Mas me espantei esta semana, quando vi que mantenho uma média de 70 a 80 visitas diárias no blog. Efeitos da Cauda Longa, eu sei. Mas me deu uma sacudida: preciso voltar a escrever!    Depois de eu insistir comigo mesmo que o problema era falta de tempo, devo admitir que é algo mais complicado. E que tenho lutado com isso há algum tempo. Sofro de depressão ou algo correlato. Cheguei a passar por algumas crises e atualmente tenho me medicado.    O problema maior para mim não é a melancolia avassaladora, a necessidade de me isolar ou o medo de me expor. O que mais me detona é a perda de criatividade e inventividade. Me sinto como uma esponja, que absorvo e expulso tudo, sem acrescentar nada. Vazio.    Estou lutando contra isso, contra mim mesmo, na verdade. Logo que possível volto a postar, escrever.    Nos falamos em breve!

      A notícia de que uma continuação dos maravilhosos filmes "Antes do Amanhecer" e "Antes do Por-do-Sol" está pronta e será lançada no próximo mês me deixou de boca aberta! O filme foi rodado em segredo na Grécia no final do ano passado e já teve uma prévia no Festival de Sundance esta semana.       Avidamente procurei por resenhas sobre o filme para saciar minha curiosidade, e a grande maioria o descreve como maravilhoso, perfeito, o melhor dos três!        Os dois longas são dos melhores filmes românticos já realizados. Absolutamente lindos, inteligentes e cativantes! Já assisti algumas dezenas de vezes cada um!       Para quem não sabe do que estou falando: o primeiro, "Antes do Amanhecer (Before Sunrise)", de 1995, acompanha o encontro dos jovens Celine e Jesse num trem, ela francesa e ele norte-americano. Eles saltam em Viena e atravessam a noite conversando e andando pela cidade, até que Jesse vá para o aeroporto embarcar para casa. 

      Escrever um livro é uma tarefa muito difícil. Fora disciplina, persistência, e principalmente talento, é preciso ter um motivo muito forte: uma história que precisa ser contada ou um sentimento que precisa ser extravasado. No caso de "Fugalaça", o primeiro livro de Mayra Dias Gomes, filha do falecido dramaturgo Dias Gomes, a escritora se enquadra no segundo caso.       Dor é algo imensurável. Não há como se medir a dor que alguém sente. Em "Fugalaça", a personagem principal Sabine, alter ego da autora, é assolada pela dor. Desde a morte prematura do pai, à falta de comunicação com a mãe; o sentimento de exclusão e solidão na escola e a paixão não correspondida, tudo é dor na vida de Sabine.        , mas talvez dê para se comparar com outras "dores" da mesma pessoa. Por exemplo: no livro "Fugalaça" da escritora Mayra Dias Gomes, ela sofre absurdamente com a morte prematura do pai, e mais tarde, ela sofre horrores por um amor não corre

      Josh Radnor é mais conhecido por seu trabalho como ator na série de tv "How I Met Your Mother", que eu já comentei AQUI . Fora do seriado, Josh atuou com destaque em apenas dois filmes: "HappyThankYouMorePlease", que eu já comentei AQUI , e este filme, que também foram escritos e dirigidos por ele.       Nesses dois longa-metragens, Josh esbanjou sensibilidade e talento criando duas obras inteligentes, envolventes e relevantes. Coisa rara hoje em dia!       Em "Artes Liberais" (o filme ainda não foi lançado oficialmente por aqui, portanto traduzi o título original), Josh faz o papel de Jesse, um trintão que trabalha numa faculdade em Nova Iorque e vive em função de literatura. Quando seu ex-professor preferido (o sempre ótimo Richard Jenkins), de uma universidade em Ohio, o chama para discursar em seu jantar de despedida, Jesse sofre uma crise de nostalgia. A situação se agrava com a súbita paixão por Zibby (Elizabeth Olsen), uma jov