Este livro é singular: belo, triste e poético. A narrativa de Murakami é única. Em vários momentos ele deixa o fio da história de lado para inserir elementos reais ou surreais. O resultado é sempre algo surpreendente, inesperado, mas cheio de sensibilidade e profundidade. Sua obra é subjetiva, onde ele sempre insinua, mas nunca entrega as questões principais de bandeja. É preciso reler e refletir para absorver tudo. Em "Minha Querida Sputnik", Murakami cria um triângulo amoroso inusitado. Nele estão Sumire, uma jovem que quer se tornar uma escritora, e vive como se fosse um personagem beatnik de Jack Kerouac. Ela nunca se apaixonou ou sentiu desejo por alguém, mas acaba perdidamente apaixonada por Miu, uma mulher bem sucedida, elegante, atraente, casada e mais velha. Miu nunca sentiu nada por ninguém. Na outra ponta está K., o narrador da história e único amigo de Sumire, que a ama em segredo sem ser correspondido, mas se relaciona com mulheres
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