Seu olhar macio desceu sobre mim.
Exato e urgente, devorou minha vontade.
Tornou-me seu gentil prisioneiro.
Sua presença embriagou meus dias e noites,
Dissolvidos, infindáveis, instantâneos.
Em nosso suor, elétrico e picante,
Desenhamos sólidas promessas
E sonhos transparentes.
Nossos lábios teciam mundos,
Pegajosos de ácido desejo.
Nossas línguas e nossa pele se incandesciam,
Estridentemente suaves.
Por mais que nos saciássemos,
Mais nossa sede fervia.
A loucura febril nos rasgava e nos liquefazia.
Enquanto o real era apenas o que nos gravitava.
Até que minha fé e ideologia se moldaram a sua forma,
E seu nome se tatuou na minha alma,
Na minha mente, na minha história...
Melodiosamente indelével.
Paixão fóssil.
Comentários
beijo, ana
Só exercitando a poesia.
Valeu! Bjs