Pular para o conteúdo principal

Bizz: Jornalismo, Causos E Rock And Roll

      Quem vê um exemplar da revista Bizz hoje nas bancas, com suas edições especiais esparsas, dedicadas a um artista ou gênero musical, e não viveu os anos 80, não tem ideia da importância que ela teve na formação musical e cultura de muita gente boa por aí.


      A primeira edição, de 1985, com Bruce Springsteen na capa, foi um estouro! Na onda do Rock In Rio, muita gente como eu queria conhecer mais sobre os artistas de fora e seus estilos musicais. E também como eu, muita gente se apaixonou pela revista e passou a devorá-la a cada nova edição.


      Em tempos pré-internet, a Bizz era um portal de informações e referências musicais como nunca se viu antes no Brasil. Por meio dela, eu e muitos pudemos conhecer melhor artistas que apenas ouvíamos falar e tocavam pouco por aqui. A revista também foi importantíssima para afirmar os pioneiros do Rock Brasileiro como RPM, Legião Urbana, Paralamas, Titás, Ira!, Capital Inicial, etc; como também para divulgar novos talentos como Jota Quest, O Rappa e Charlie Brown Jr.


      Além da música, a Bizz flertou com outras vertentes como o cinema. Principalmente nos anos 90, quando mudou seu nome para ShowBizz. Nesta época, mesmo sendo principalmente uma revista de comportamento, não deixou de dar espaço para bandas nacionais como Skank e Raimundos.


      O documentário, dirigido por Almir Santos e Marcelo S. Costa, é montado sobre entrevistas com vários colunistas e editores da Bizz, além de alguns artistas. Muito nostálgico, o filme mostra várias matérias e capas antigas, e conta diversas histórias e opiniões sobre a a revista.
      O vídeo tem 25 minutos de duração, e foi postado direto no Youtube, sendo facilmente acessado. É só clicar aí embaixo:


      

     

Comentários

Gabi Lima disse…
Oi!
Nunca ouvi falar nessa revista, mas parece ser muito interessante. Revista que fale sobre música e filmes com certeza vão me agradar. rsrs

Bjs
Gabi Lima
http://livrofilmeecia.blogspot.com.br
Robson Souza disse…
Essa revista não circula mais periodicamente, infelizmente.
Era grande fonte de informação antes da internet. Bjs!
Kandinskymusik disse…
Eu tive i privilégio e o prazer de comprar a Revista Bizz no seu começo, lá pelos anos de 1985, e tenho todas as edições até hoje guardadas. Serve como guia para o aprendizado da música pop!
Robson Souza disse…
Eu também acompanhei por vários anos, mas acabei me desfazendo da coleção há um tempo atrás, infelizmente!
Muito bom que você ainda a conserve! Muito bom! Abraços

Postagens mais visitadas deste blog

Let's Get Lost - Chet Baker

      Chet Baker foi um dos maiores músicos de jazz da história. Cantor e trompetista fenomenal, menos virtuoso e muito mais cool que boa parte dos jazzístas da época. Ele transbordava sensibilidade e musicalidade em sua obra. E esse documentário maravilhoso faz jus a seu imenso talento.        Todo em preto e branco, com belíssimas imagens, o filme é mais poético que documental. Ele traça toda a turbulenta história de Chet de forma não linear, não se preocupando de início em contar a vida dele, mas em seduzir o espectador com sua música e seu charme.        Os depoimentos são intercalados por cenas de Chet cercado de mulheres e admiradores (entre eles um Flea garotão), e a bordo de um Cadillac conversível, além de muitas imagens dele jovem. As partes mais duras do histórico do jazzista são deixadas para o final: suas prisões, o vício em heroína, o incidente que o fez perder vários dentes e o abandono da ex-mulher e seus quatro filhos.        Mas o diretor não busca levantar a verda

Jackson Pollock - A História (De Mentira)

      Jackson Pollock foi um pintor norte-americano expressionista abstrato. Inovador, ele não usava pincéis ou cavalete. Sua técnica consistia em gotejar ou espalhar a tinta sobre a tela com diversos instrumentos, estando ela no chão. Esta forma de pintura se chama action painting ou gestualismo.       As obras dele são densas, cheias de nuances. Nunca vi um quadro dele pessoalmente, mas em foto, o efeito das camadas de tinta é de uma textura rica, com profundidade. Adoro arte abstrata! Minha mãe é artista plástica e eu gostaria muito de ter herdado esse talento dela.       Abaixo, algumas telas de Pollock:         No excelente site sobre arte, mídias e tendências: updateordie.com , vi esta bela animação francesa de Léo Verrier. Uma homenagem em curta-metragem a esse grande artista, Jackson Pollock. Deslumbrante! Dripped from ChezEddy on Vimeo .

Mallu Magalhães - Pitanga

      Mallu Magalhães cresceu e amadureceu, e não apenas fisicamente como pode se perceber na foto. Sua música evoluiu bastante, com claras influências de seu namorado, Marcelo Camelo. E seu último disco, "Pitanga", é delicioso.       Depois de surgir aos 15 anos como um novíssimo talento da música, e toda super-exposição que veio a seguir, Mallu lançou dois bons discos homônimos. Mas ambos álbuns são baseados em seu estilo voz e violão, com poucas variações, principalmente no segundo, onde ensaia algumas mudanças.       Neste seu terceiro disco, "Pitanga", Mallu mostra todo seu potencial como cantora e compositora. Destaque para as deliciosas "Baby I'm Sure", "Velha e Louca" e "Sambinha Bom".       Seguem alguns clipes dessas músicas e um belo teaser do álbum "Pitanga" feito por Camelo, exaltando sua musa.