De meu mundo hirsuto, abstrato e resoluto,
Pendo inebriado, como uma gravata bêbada.
Bêbado, ingrato e infame,
Passeio pela noite farta e alheia.
Encontro meus olhos tépidos de vexame e confusão
Na calçada úmida e incerta,
Que meus passos certeiros erram e acertam.
O caminho torto que me leva... não, me puxa,
Esconde poças de luz e paredes de sons,
Que esbarro soluçante e intermitente,
Sorridente e solitário, vislumbrando o fim.
É bem vindo o dormente final
E a balbuciante entrega.
Uma colossal força me devassa,
Me espalha no tenro gramado
Que diariamente te acolhe e se despede.
Coberto em meus sonhos, monto guarda à sua espera.
E, inerte, adormeço... finalmente...
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