O maestro e pianista João Carlos Martins dispensa apresentações. Figura notória na música brasileira, além de reconhecido e admirado mundialmente. Sua história de vida é de sucessos e obstáculos, sofrimento e superação. Ele é um daqueles exemplos de conduta e obstinação, em que o coração e o amor à arte são maiores que ele mesmo, e fazem tudo ser possível.
Enquanto pianista brilhante, foi considerado o maior intérprete de Johann Sebastian Bach do mundo. Sofreu acidentes e problemas de saúde, que por longos períodos o impediram de tocar. Por fim, perdeu quase completamente os movimentos das mãos. Mas não se dando por vencido, se tornou maestro e passou a reger a Orquestra Bachiana Filarmônica. Sua missão hoje é divulgar a música clássica brasileira em todos os níveis sociais, dentro e fora do país. E como tudo em sua vida, tem feito isso brilhantemente.
Presenciei emocionado sua palestra testemunhal no último sábado. Logo no início, foi exibido este documentário chamado "Quis O Destino", de Ricardo Carvalho. Belíssimo!
O momento mais tocante para mim foi a apresentação de João Carlos Martins ao piano, acompanhado de um quarteto de cordas e clarineta, interpretando o tema criado por Ennio Morricone para o estupendo filme "Cinema Paradiso". A interpretação foi tão bela, e me lembrando desta obra que me fascinou tanto no final da adolescência, que não me contive e chorei, como muitos ali. Um instante mágico, onde a arte se tornou pura emoção. Bravíssimo maestro!
Abaixo, a apresentação do mesmo tema no programa Altas Horas:
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