Um homem em estado grave de depressão passa a se comunicar com o mundo por meio de um marionete na forma de castor de pelúcia em sua mão esquerda, como tentativa de cura para seu problema. Com essa sinopse, que poderia ser de uma comédia do Jim Carrey, a atriz e diretora Jodie Foster constrói um drama sensível, com ótimas atuações.
O personagem principal é interpretado brilhantemente pelo sumido Mel Gibson. Ele faz o papel de Walter e dá vida a O Castor, realmente. Mesmo sendo Walter quem fala, o sotaque d'O Castor é totalmente diferente, um inglês britânico muito carregado. Em muitas cenas, Gibson vira coadjuvante do marionete. Ele consegue se mostrar frágil, enquanto O Castor se impõe.
Jodie Foster é a esposa de Walter, que já havia entregado os pontos frente a condição irremediável do marido, e é tomada de surpresa pela súbita melhora dele com o marionete na mão. Também muito bem no seu papel está Anton Yelchin, o filho mais velho de Walter. Ele é um aluno muito inteligente, que faz trabalhos de escola para os outros em troca de dinheiro, e odeia o pai com todas as forças.
A história é muito boa e não chega a cair em clichês, nem busca as lágrimas fáceis. Este terceiro filme da Jodie Foster como diretora é feliz acerto, principalmente por mostrar novamente como o Mel Gibson é um bom ator.
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Beijos
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Bjs