Pular para o conteúdo principal

Like Crazy - Drake Doremus

      Este é um romance acima da média. É um grande exemplo de que um bom filme não precisa muita coisa além de uma história razoável, atores competentes e um diretor inspirado. "Like Crazy" venceu no Festival de Sundance como Melhor Filme, e a linda atriz Felicity Jones como Melhor Atriz. E deveria ganhar também como melhor poster. Belíssimo!


     Na trama, Anna (Felicity Jones) e Jacob (Anton Yelchin, ótimo!) se conhecem no final da faculdade, em Los Angeles. Ele é norte-americano e ela, uma estudante inglesa com visto temporário. Ambos se apaixonam perdidamente. Ela então, decide permanecer mais tempo nos Estados Unidos do que o visto permite. Isso faz com que ela não consiga entrar no país por um longo período, e eles são obrigados a manter uma relação à distância. 



       Partindo de um enredo simples, o longa-metragem consegue construir situações envolventes e sólidas. Os personagens são encantadores, falhos e verossímeis. O diretor Drake Doremus, em seu terceiro filme, soube captar os detalhes e momentos certos para montar uma obra frágil e fascinante. Além disso, ele conta a história de forma linear, mas com andamento irregular, focando o que é relevante: seja uma discussão na cozinha, ou uma cena dos dois se admirando deitados na cama. Além disso, a trilha sonora é deliciosa. Perfeito!  
      Segue o trailer sem legendas, o filme ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.


Comentários

Cassio disse…
Ótima Crítica! Ótimo blog... fiquei com vontade de ver o filme agora... adoro filmes com esse tema!!! Nunca ouvi falar em Felicity Jones antes desse filme...
Robson Souza disse…
Obrigado Cassio! O filme é muito bom, vale a pena!
Volte sempre! Abs!

Postagens mais visitadas deste blog

Let's Get Lost - Chet Baker

      Chet Baker foi um dos maiores músicos de jazz da história. Cantor e trompetista fenomenal, menos virtuoso e muito mais cool que boa parte dos jazzístas da época. Ele transbordava sensibilidade e musicalidade em sua obra. E esse documentário maravilhoso faz jus a seu imenso talento.        Todo em preto e branco, com belíssimas imagens, o filme é mais poético que documental. Ele traça toda a turbulenta história de Chet de forma não linear, não se preocupando de início em contar a vida dele, mas em seduzir o espectador com sua música e seu charme.        Os depoimentos são intercalados por cenas de Chet cercado de mulheres e admiradores (entre eles um Flea garotão), e a bordo de um Cadillac conversível, além de muitas imagens dele jovem. As partes mais duras do histórico do jazzista são deixadas para o final: suas prisões, o vício em heroína, o incidente que o fez perder vários dentes e o abandono da ex-mulher e seus quatro filhos.        Mas o diretor não busca levantar a verda

Stand By Me - Conta Comigo

      Esse filme tem um valor sentimental para mim. Na verdade, tanto o filme quanto a trilha sonora.        Foi a primeira vez que eu fui ao cinema sozinho. Adorei a experiência! Não só pelo filme, me apaixonei pela sala escura, pelo ritual do refrigerante, pipoca doce, trailers e esquecer do mundo lá fora por pelo menos uma hora e meia. Daí pra frente eu repetiria essa experiência em inúmeras tardes de sábado.      Muita gente já deve ter visto na TV, mas a história é bem simples: um grupo de amigos, formado por quatro garotos, fica sabendo do cadáver de um menino que foi achado na linha do trem, e resolvem fazer uma expedição até lá. Durante a aventura, os inseparáveis amigos se aproximam mais, cada um mostrando suas fraquezas e, nesse primeiro passo para o amadurecimento, percebem que sua amizade não durará mais que um verão.       Os garotos são ótimos! Todos continuaram atuando em séries de tv ou filmes menores, com exceção de River Phoenix, o garoto rebelde. Ele começou uma pr

Artes Liberais - Josh Radnor

      Josh Radnor é mais conhecido por seu trabalho como ator na série de tv "How I Met Your Mother", que eu já comentei AQUI . Fora do seriado, Josh atuou com destaque em apenas dois filmes: "HappyThankYouMorePlease", que eu já comentei AQUI , e este filme, que também foram escritos e dirigidos por ele.       Nesses dois longa-metragens, Josh esbanjou sensibilidade e talento criando duas obras inteligentes, envolventes e relevantes. Coisa rara hoje em dia!       Em "Artes Liberais" (o filme ainda não foi lançado oficialmente por aqui, portanto traduzi o título original), Josh faz o papel de Jesse, um trintão que trabalha numa faculdade em Nova Iorque e vive em função de literatura. Quando seu ex-professor preferido (o sempre ótimo Richard Jenkins), de uma universidade em Ohio, o chama para discursar em seu jantar de despedida, Jesse sofre uma crise de nostalgia. A situação se agrava com a súbita paixão por Zibby (Elizabeth Olsen), uma jov