Fiquei bastante incomodado com este filme iraniano. Fui assisti-lo com boas indicações: ele me foi indicado por uma de minhas cunhadas (Ana Cláudia, sempre antenada), ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2012, e também ganhou 3 Ursos de Ouro no Festival de Berlin para Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Filme.
Fazia algum tempo que eu não assistia nada do cinema do Irã, e eu esperava um ritmo um pouco mais dinâmico, ou mesmo uma trilha sonora. Mas realmente o que me incomodou foi a temática. Não digo que isso seja ruim, afinal alguns filmes são feitos para incomodar, para nos deixar refletindo sobre certo assunto e até provocar discussões. Neste caso, a intenção não é criar polêmicas, mas expor as relações entra as pessoas.
Em "A Separação" não existem inocentes, todos mentem justificadamente e são egoístas defendendo seus pontos de vistas ou seus valores. O longa-metragem já começa com o casal principal, Nader e Simin, discutindo e pedindo a separação em frente a um juiz: Simin quer se mudar do país para dar melhores oportunidades para a filha, e Nader quer ficar para cuidar do pai com Mal de Alzheimer. Mesmo sem aprovação da justiça para o divórcio, Simin sai de casa. Com isso, Nader é obrigado a contratar uma empregada para auxiliar em casa, e depois acaba demitindo-a, desencadeando uma série de conflitos.
Não sei se minha expectativa era muito grande, mas não achei o filme tão bom assim. De qualquer forma, é um ótimo exemplo do novo cinema iraniano, e um filme para se refletir bastante depois. Vejam o trailer:
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