Outro livro de Jack Kerouac, sim! Sou fã do cara e acho ele um dos melhores escritores norte-americanos, tanto pela sua obra, quanto pelo legado deixado. Ele influenciou meio mundo, deixando sua marca na cultura mundial.
Neste romance, escrito na década de 50, ele antecipa o espírito hippie numa trama com viagens de mochila nas costas, sexo liberal, harmonia com a natureza, anti-consumismo e zen-budismo.
Ray Smith é um escritor iniciante que busca algo mais na vida, e encontra por meio seu amigo filósofo doidão, Japhy Rider, o caminho da iluminação. Eles amam a natureza, gostam de se isolar, subir montanhas, beber vinho barato, participar de orgias, festas, se isolar novamente e rezar para Buda. Por fim, Ray se oferece para um trabalho de vigia de incêndios numa cabana isolada no Desolation Peak (experiência que o próprio Kerouac viveu) e acaba se "encontrando".
No mesmo estilo "fluxo de consciência" tão típico do autor, o ritmo aqui é desacelerado, às vezes contemplativo. Ele ainda narra fatos, misturando reflexões no mesmo parágrafo, mas bem mais tranquilo que a loucura e urgência de "Os Subterrâneos". Vale a pena conhecer o budismo beat de Jack Kerouac.
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