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Máquina de Pinball

      Antes de ler esse livro, eu havia lido algumas coisas sobre a autora: Clarah Averbuck, e fiquei bastante curioso. Diziam que ela escrevia muito bem e que tinha um estilo bem confessional. Como o livro é bem curto (80 páginas), li numa tacada só.


      Gostei muito! Não é o tipo de literatura que se vê normalmente nos livros. Extremamente informal e não linear. Sente-se uma urgência tremenda em tudo o que ela diz. Como se tivessem limitado o espaço e ela quisesse contar o máximo de coisas possível. Talvez por ser seu primeiro livro e ela tivesse tudo isso na cabeça, esperando pra colocar pra fora. Ou quem sabe é como ela vive e enxerga o mundo. De qualquer forma, me lembrou o estilo "fluxo de consciência" do Jack Kerouac.
      Quanto à história, é uma jornada bem pessoal da personagem, entre vários relacionamentos, crises de identidade, porres, e muitas referências musicais. Não há uma linearidade exata. Às vezes ela narra acontecimentos, em outras são pensamentos e conjecturas. Só a passagem por Londres num fôlego só já vale o livro! 
      Acredito que não deve agradar a todos pela sua mistura sexo, drogas, batom & rock 'n roll. Mas vale a pena conhecer! Eu curti um monte!
       Comentei o "Vida de Gato" (segundo livro dela) AQUI!

Clarah Averbuck

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